Outubro Rosa: entenda a importância do diagnóstico precoce no tratamento do câncer de mama e câncer do colo do útero

21/10/2021 Saúde | Vacinas Saúde Livre Vacinas

O Outubro Rosa é um movimento conhecido internacionalmente, que se iniciou nos Estados Unidos e logo se espalhou pelo mundo. A campanha tem como objetivo trazer informações sobre o câncer de mama, e mais recentemente o câncer do colo do útero, promovendo conscientização e dando maior acesso a serviços de saúde destinado a prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.

Estatísticas do Câncer de Mama. 

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. 

Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.

Para o Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2019, de 14,23/100 mil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Estatísticas do Câncer do Colo do Útero. 

O câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres e a quarta causa de morte de mulheres por câncer, no Brasil. 

De acordo com o INCA, o número de mortes em 2019, foi de 6.596 mulheres;

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados 16.590 novos casos de câncer de colo do útero no Brasil, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres;

Mais de 20% dos casos de câncer de colo do útero são diagnosticados em mulheres com mais de 65 anos. No entanto, esses cânceres raramente ocorrem em mulheres que realizam exames regulares de rastreamento para câncer de colo do útero antes dos 65 anos.

Sinais e sintomas do Câncer de Mama. 

Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas). 

Sinais e sintomas do Câncer do Colo do Útero. 

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

Qual a importância de realizar o diagnóstico precoce? 

Quando falamos sobre o câncer, sabemos que a detecção precoce é importante, para que possamos reduzir de forma significativa os danos que a doença pode causar ao paciente. Vale destacar que as informações que o paciente possui, e também o conhecimento e percepção do profissional de saúde, fazem parte de uma estratégia para promover acesso rápido aos serviços de saúde, tanto em atenção primária quanto nos serviços de referência. 

O câncer de mama. 

O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja; também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso é importante consultar um profissional de saúde. 

O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado.

Toda mulher com 40 anos ou mais, deve procurar o serviço de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente, além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos deve fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não tenha sintomas. 

O câncer do colo do útero.

A detecção precoce do câncer do colo do útero pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento) pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que a detecção de lesões precursoras (que antecedem o aparecimento da doença) pode ser feita através do exame preventivo (Papanicolau). Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%. A doença é silenciosa em seu início e sinais e sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor aparecem em fases mais avançadas da doença. 

O exame preventivo deve ser oferecido às mulheres, na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual. Isso pode incluir homens trans e pessoas não binárias designadas mulher ao nascer. Devido à longa evolução da doença, o exame pode ser realizado a cada três anos. Para maior segurança do diagnóstico, os dois primeiros exames devem ser anuais. Se os resultados estiverem normais, sua repetição só será necessária após três anos. 

Prevenção.

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como, praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e amamentar seu bebê.

A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasão (desgaste por atrito ou fricção) microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital, e também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal. Dessa forma, há uma proteção parcial quando se faz uso do preservativo. 

Existe vacina disponível para HPV. 

Segundo a Sbim ( Sociedade Brasileira de Imunização), a prevenção das doenças causadas pelos HPVs depende essencialmente da vacinação e da realização periódica de exames preventivos. O uso do preservativo (camisinha) ajuda, mas não é 100% eficaz. A vacinação é recomendada para homens e mulheres a partir dos 9 anos de idade, fase em que a resposta às vacinas é muito mais alta e quando ainda não houve contato com o vírus. Mas as pessoas mais velhas e/ou que já foram infectadas também se beneficiam, uma vez que as vacinas contêm mais de um tipo de HPV em sua formulação.

A vacina previne contra infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma). 

A imunização é a forma mais eficaz de cuidar da sua saúde e da saúde da sua família.

Para saber mais sobre o outubro rosa, baixe o nosso material completo sobre o tema clicando aqui.

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